SCRITTI e scrittore (IT - PT - PL)

In questa pagina: GLI SCRITTI DI DON ORIONE (IT) AN UNMISTAKABLE STYLE (EN) PAGINAS DE DON ORIONE ESCRITAS CON UN FUEGO TAN PROFUNDO BAJO UNA LUZ TAN NUEVA (ES) AQUELAS PÁGINAS DE DOM ORIONE BROTADAS DE UM FOGO TÃO PROFUNDO NUMA LUZ TÃO NOVA (PO) PISMA KS. ORIONE (PL)

GLI SCRITTI DI DON ORIONE

 


Don Orione ha praticato con sacrificio e zelo instancabili l'"apostolato della penna".
Egli non scrive con fini artistici, con l'intento di lasciare traccia di sè sul piano letterario. Ben più elevati sono i suoi ideali. Egli parla "ex abundantia cordis" con tutta la sincerità, l'ardore, la passione della sua grande anima che fa dello scritto solo e sempre un mezzo proteso ai suoi altissimi fini: gloria di Dio, salvezza delle anime, sviluppo della Chiesa.

I suoi argomenti sono sostanzialmente i suoi amori: è logico quindi che quando Don Orione prende la penna, la prende con quello spirito con cui il Sacerdote prende in mano gli strumenti apostolici della sua sacra missione.

Lo stile - si è detto pure - dipende anche dalla "cosa" che si tratta. E le pagine di don Orione variano assai se trattano di temi forti e impressionanti, quali i doveri del religioso e del cristiano di fronte all'eternità e ai divini giudizi, oppure se si riferiscono ad argomenti dolci e delicati, come la devozione alla Madonna, la pietà verso i poveri o anche i suoi ricordi personali del padre, della mamma, della famiglia.
Il suo stile, ordinariamente pragmatico e paternamente autoritario, assume sovente toni lirici, come in "Dio e mia madre", "Più fede!", "Lavorare cercando Dio solo". Diviene profetico e trionfale in "Cristo avanza!", quasi rivoluzionario in "Lavoratori, è suonata l'ora!", armonioso in "Volle morire a braccia aperte", fiorettistico nella "Leggenda di Frate Ave Maria" e addirittura mistico in "Vedere e servire Cristo nell'uomo"; molte sono le aperture a temi sociali, come in "Donna, famiglia, società", "Alla testa dei tempi", "Per una nuova civiltà".
Ma resta costante il comune denominatore: l'appassionata personalità di Lui sempre grande, sempre forte, sempre fiducioso in Dio, qualunque sia l'argomento trattato. E' sempre la "soprannaturalità" che determina e accompagna il suo dire.

Sappiamo, in merito, che Don Orione, seminarista a Tortona, si dichiarava legato ai "romantici" come più realisti, più vicini al sentire popolare, all'uomo concreto e soprattutto in linea con il cristianesimo.
Ammirava anche i "classici", ma solo nella "forma". Non ne condivideva l'"animus" alquanto astratto e idealizzatore, a differenza del quasi "verismo" dei "romantici".

Influssi di altri scrittori dell'epoca o anche precedenti? Don Orione certo non presenta quella originalità che caratterizza molti mistici da S. Caterina da Siena a S. Teresa d'Avila, fino ai più recenti come Elisabetta della SS. Trinità, Charles de Foucauld o Réné Voillaume. Egli piuttosto riprende motivi già trovati da altri; certe sue espressioni riecheggiano, quasi ad litteram, Ludovico da Casoria, Lorenzo da Brindisi, il Rosmini, la stessa Caterina da Siena, dalla quale toglie le più calorose parole sul Papato e sulla Chiesa.
Ma se manca l'originalità inventiva, resta quella del sentimento ardente e convinto. Don Orione, prima di ripetere, assorbe, fa sangue del suo sangue anche il pensiero altrui e lo ributta fuori in chiave totalmente personale. Nessun'ombra di plagio, se mai condivisione vissuta!

La vita di Don Orione, il suo carisma, la sua piena donazione a Dio e ai fratelli, il suo olocausto totale e costante traspaiono dai suoi scritti e dànno al suo Epistolario un posto primario tra gli epistolari ascetici degli ultimi due secoli. Il solo Rosmini può stargli accanto. La sola bibliografia basta a documenta il crescente interesse verso la sua vita e i suoi scritti.

Come definirlo in sintesi? Ernesto Buonaiuti ha qualificato Silone "un artista maturato nella sofferenza e nella speranza" ("Il risveglio" 1945). Non vedremmo difficoltà nell'applicare tale qualifica, naturalmente con altri parametri ascetici, a Don Orione stesso.
"Io penso come un poeta", confessava di sè Dostojewski; Don Orione avrebbe detto: "Io penso come un cristiano", ma dando al termine tutta la estensione e profondità con cui lo traduceva nella vita. Cristiano, ecclesiastico, apostolo fino al midollo dell'anima!
Ignazio Terzi

 

 

 

AQUELAS PÁGINAS DE DOM ORIONE
BROTADAS DE UM FOGO TÃO PROFUNDO
NUMA LUZ TÃO NOVA


 

 

 

 

Extraido de G. De Luca, Aquelas páaginas de Dom Orione brotadas de um fogo tão profundo numa luz tão nova (“Nova Antologia”, Florença, 1º de agosto de 1940, pp. 229ss; “Nova Antologia”, Florença, 1º de março de 1943, pp. 13ss.)

 

 

 

I.

 


Poucos puderam ver o fogo interior de sua alma: candente, e, ao mesmo tempo, aflita: fogo secreto como Deus, presente como Deus. Mas algo podia ser visto e intuído. Assim que podia deixava de dormir. Quando não estava na comunidade, não se sabia se e onde comesse. Foi visto quando dormia aos pés dos altares, deitado na noite e vivo. Uma vez, viram-no dormir numa manjedoura: claro, por amor de quem num presépio nascera.

Mesmo só conversando com ele, sentia-se o transluzir de uma vida milagrosa. Um amor que interiormente o inflamava e não devia dar-lhe descanso nem por um minuto, a ponto que, às vezes, causava-lhe o tremor intolerável do êxtase, a leveza soberana de um todo-alma, de um todo-Deus.
Seus silêncios, seus sonhos, suas horas que ninguém pôde espiar, seus a sós com Deus que não poderão ser nunca contados: mas este seu entusiasmo que, dizíamos, o torna irmão de Francisco de Assis, como ele chagado por dentro e vibrante, como ele sempre alegre, sempre vivo, sempre arrebatado pelo seu amor como um raminho ao vento, um fogo, uma enchente. Este pobre italiano, tosco, maciço, rude, foi, na Itália, um exemplo dos mais luminosos e resplandecentes do divino. A Itália conta muito apaixonados por Deus, dolorosos e fortíssimos, amorosos até a loucura e puros, tempestuosos e calmos, frequentemente poetas e sempre criadores: Dom Luís Orione é um destes.

 

 

 

 

* * *

 


Dele, gostaríamos de conhecer mais e melhor; e esperemos que seus religiosos não demorem a nos oferecer o que será necessário para conhecê-lo, apreciá-lo. Estão sendo imprimidas algumas suas cartas. Escritas, currenti calamo, espelham a sua alma generosa:impetuosas e fugidias, imprevistas e apressadas, contêm, todavia, alguns trechos que poderão nos ajudar a compreendê-lo.

Antes de tudo, revelam-no sempre num estado de exaltação espiritual. Não raciocina, não descreve com ordem, não se exprime: propaga-se. Ao se propagar, todavia, algo - o melhor - guarda para si. É sempre o pai que fala aos filhos e fala da casa; também quando parece que nos está dizendo algo de si, na verdade pensa nos filhos e na casa. O coração secreto de Dom Orione não nos será desvelado, a não ser quando dele tivermos anotações íntimas, pessoais. Mas será que as escreveu? Também estas cartas manifestam a ansiedade pelo grande trabalho, além das preocupações de pai.

Uma vez escreveu: "Meus queridos, a pouca pregação que de costume vos faço quando vos escrevo (os padres, sabe-se, devem sempre, pouco ou muito e em todos os modos pregar), desta vez, devo fazê-la logo ou esperar o fim? Melhor logo, não é?"

Não lhe faltava pois a ironia e até mesmo uma sútil ironia: quanta literatura de nós padres não é pregação? e é, no fundo, um grande mal? e quem, dentre os padres, não prega, o que faz? É melhor aceitar a nossa sorte e pregar. Frequentemente, senão sempre, entre uma obra e outra, entre uma viagem e outra, ele passa para o papel seus pensamentos: os quais, ainda que escritos rapidamente, não são coisas ocasionais mas prorrompem do íntimo.

Há expressões, e páginas inteiras, a respeito da caridade, que, enunciadas por um homem que viveu totalmente voltado para a caridade, atingem um tom altíssimo, uma sinceridade incomparável, e alinham-no com aqueles outros homens que ele cita constantemente como seus mestres: Dom Bosco e o Cottolengo.

Escreve sobre o Evangelho com uma força ingênua e carinhosa.

Fala da Igreja, do Papa, dos Bispos com uma dedicação vigorosa, a qual, hoje, é comum na literatura de devoção, mas, não é igualmente comum na vida cotidiana. Ao contrário dos dissidentes de Roma ou daqueles que concordam de maneira hesitante e capciosa, ele sempre falou do Papado e dos vários Papas que conheceu de forma clara e resoluta, que não permite, deveras, incluí-lo entre aqueles murmuradores zelosos, segundo os quais a devoção ao Papado, desenvolvida no último século, seria apenas um afastamento e um defeito do justo sentimento cristão. Dom Orione viu com clareza e afirmou com toda sua alma que, no mundo contemporâneo, estar com o Papa é a mais rápida e efetiva maneira de estar com Cristo.

Ele nunca se desesperou pelo mundo e pela sua história.
"Irmãos, os povos estão cansados, desiludidos. Percebem que a vida sem Deus é toda vã, é toda vazia. Somos nós a aurora de um grande renascimento cristão? Cristo tem piedade das multidões. Cristo quer ressurgir. Quer retomar seu lugar. Cristo se adianta. O futuro é Cristo. Se pela base podemos calcular a dimensão do monumento, para aquele que teve no mínimo sessenta séculos de preparação, o que significam vinte séculos de vida? Cristo ressurgiu. Não, não é um fantasma; é Ele, é o Mestre, é Jesus que caminha sobre as águas cheias de limo deste mundo tão turvo, tão tempestuoso.O futuro é de Cristo."

Em outras palavras, ele, Dom Orione, nunca duvidou que o mundo fosse ainda jovem: nada de fim do mundo iminente! Não é que não se deva sofrer: mas o sofrimento é o caminho para a felicidade eterna e para a realização terrena dos melhores destinos humanos.

"Aviso-vos que ainda não começamos a sofrer." "Se virão aflições e perseguições, bendigamos o Senhor." "Às vezes pode parecer que Cristo esteja sepultado. Ele é o Morto que sempre, cedo ou tarde, ressuscita."

Sobre a Itália e, particularmente, sobre sua juventude ele falava com grande afeto.
De Buenos Aires, escrevia: "Oh! meus irmãos, tão queridos e tão amados, parece-me ouvir os sinos de minha pátria longínqua, ressoantes de glória pelas cidades e aldeias: o hino das mesmas traz-me à memória as mais santas lembranças: elas cantam a ressurreição de Cristo e fazem-me chorar de fé, de alegria, de amor a Deus, de amor por vós, de amor pela nossa Itália."

Ordenou que, em cada casa da sua Congregação, houvesse uma Bíblia, uma Suma de São Tomás , uma Imitação de Cristo e Dante. Aos jovens alunos, escrevia: "Tende a coragem do bem e da educação católica e italiana que recebestes. Propagai o espírito da bondade: perdoai sempre: amai a todos; sede humildes, laboriosos, francos e leais em tudo: o mundo tem extrema necessidade de fé, de virtude, de honestidade."

Mas as suas palavras mais belas são as que dirigiu aos pobres, como as suas palavras mais duras foram para si próprio. Os pobres são os seus "donos preferidos", os nossos patrões: assim dizia ele; na realidade, eram o seu coração.
"A porta do Pequeno Cottolengo Argentino não perguntará a quem entra se tem um nome, mas simplesmente se tem uma dor".
Ele próprio foi pobre. "Pobre padre", fala de si uma vez. Outra, diz que é um carregador de Cristo. Chama a si e aos seus, de trapos.

Sobre sua vida escreve com a humildade e a dignidade que fazem lembrar São Paulo: "Ajudado pela graça do Senhor, evangelizei os pequenos, os humildes, o povo, o pobre povo que, envenenado por teorias perversas, é tirado de Deus e da Igreja; em nome da Divina Providência abri os braços e o coração a sadios e a doentes, de todas as idades, de qualquer religião, de todas as nacionalidades: a todos gostaria de ter dado, com o pão do corpo, o bálsamo divino da Fé, sobretudo aos nossos irmãos mais aflitos e abandonados. Muitas vezes senti a proximidade de Jesus Cristo, muitas vezes pareceu-me entrevê-Lo, Jesus, entre os mais marginais e os mais infelizes."

Mas não lhe era suficiente e pedia a Nossa Senhora: "Viver, palpitar, morrer aos pés da Cruz com Cristo. Aos teus pequenos filhos, aos filhos da Divina Providência, concede, beatíssima Mãe, amor, amor: aquele amor que não é terra, mas é fogo de caridade e loucura da Cruz. Dá-nos, Maria, um grande ânimo, um coração grande e magnânimo que alcance todas as dores e todas as lágrimas. Faze com que sejamos verdadeiramente como desejas: os padres dos pobres! Que toda nossa vida seja sagrada para dar Cristo ao povo e o povo à Igreja de Cristo; arda e brilhe em Cristo: e, em Cristo, se extinga, numa luminosa evangelização dos pobres: a nossa vida e a nossa morte sejam um dulcíssimo cântico de caridade e um holocausto ao Senhor."

Este homem tão absorvido pelo seu amor e pela sua obra, tinha também um pobre coração de homem: e das suas cartas transparece como um lamento, o desejo da doçura dos afetos humanos.

Amou seus jovens, seus pobres, seus padres, com uma ternura fraterna, materna. Frequentemente sua imaginação ardia e, depois de ter escrito este formidável parágrafo: "Amar as almas, querer salvar todas as almas, ajudar Jesus a salvá-las, a salvar e santificar nossas almas e as almas de nossos irmãos, com toda nossa abnegação, com toda renúncia de nós mesmos, com todo sacrifício, com todo nosso sacrifício, como hóstias puras de Jesus, como cordeiros de Jesus, atrás de Jesus e todo para Jesus".
Sentia seu cansaço, sua fadiga, sua mortalidade, e acrescentava: "Coragem! e adiante assim, meus queridos filhos: assim chega-se ao santo Paraíso. Amanhã, sabeis: coragem e adiante, amanhã para mim e para vós há o santo Paraíso. Que é a vida? Vapor est: amanhã estaremos com Jesus! Ah! querido santo Paraíso!"

No final, de fato, Dom Orione estava e parecia cansado; quase acabado. De todos os lados, pediam-lhe e ordenavam-lhe que descansasse. Pouco antes do falecimento, um ataque mais grave fez com que ele não pudesse mais fugir a esses pedidos e a essas ordens. Assim consentiu em ir descansar: foi para Sanremo, e ali faleceu.

 

 

 

 

 

 

II.

 


Falando-se de Dom Orione, por ocasião de sua morte, acenou-se com cautela, mas intencionalmente, aqui acima mesmo (1 de agosto de 1940) que não seria possível falar dele de maneira certa até quando não conseguíssemos ter em mãos algum documento sobre sua vida mais íntima, algum segredo desvelado sobre sua alma menos conhecida. Suas palavras, como suas obras, estão sob a luz do sol e para os outros; todavia, tinha que pronunciar outras sob uma luz diferente (ninguém fala no escuro), não para nós, nem para a história, mas naquele espaço que não é mais espaço geométrico.
Se há um homem que não se cala quando está calado, é o Santo; e os Santos que disseram a Cristo as palavras mais inflamadas, não são, como seríamos levados a crer, os Santos contemplativos, mas sim, e sobretudo, os Santos de ação. Santa Catarina de Sena, irrequieta e viageira; Santa Teresa de Ávila, reformadora e fundadora de muitas casas; São Francisco Xavier, que, em pleno 1.500, fugiu da Europa chegando ao Japão, morrrendo solitário numa ilha daqueles mares longínquos, eis os Santos que devem ter falado, quando falavam com Cristo, com palavras de luz e de puro fogo. Quem se cala, também com Deus, é o contemplativo. Este vê, e vendo se satisfaz e pára, ou simplesmente palpita.

É muito raro que daquelas palavras secretas fique entre os homens um vestígio. Raríssimo, singular, porém não impossível; quase sempre casual. Nenhuma maravilha se de Pascal chegaram até nós as páginas de matemática, as páginas jansenistas, as páginas apologéticas; mas maravilha o fato que ficou a revelação do fogo interior, na noite misteriosa. Dom Orione não era um grande escritor; não era mesmo um escritor: Escrevia, não por vocação ou escolha, mas escrevia por necessidade como a maioria dos homens. E, no entanto, (já acenamos) algumas de suas palavras se configuraram, brotando com tanto ardor e sob uma luz tão nova, de forma a conservar-se através dos nossos anos mais do que dezenas de centenas de outros volumes.

Devemos à gentileza de um amigo, o qual quer permanecer anônimo, ter podido ler quatro páginas escritas de maneira desordenada, utilizando muitos parágrafos, com evidentes desatenções, algumas rasuras e acréscimos nas entrelinhas. Qual era a intenção de Dom Orione, eu não sei, e nem o amigo, ou este não mo quis dizer. Talvez, seria o rascunho de um discurso, mas não parece; e a data, entre parênteses, leva a crer que fosse uma anotação íntima. Poderia ter sido redigido para outros, mas tampouco parece: nunca teria confiado, a outros, coisas tão íntimas de si próprio. Nós achamos que estas quatro páginas representam o resumo de uma hora de orações; a tentativa de salvar, através da tinta e na obscuridade, uma lembrança de afetos, uma passagem de luz, um sinal de momentos intensos explodidos no silêncio e caídos, depois, tranquilamente como cai o anoitecer entre as árvores no campo.
Não me refiro a um simples leitor, mas a um leitor competente em textos espirituais e místicos, este não poderia deixar de se impressionar por algumas dessas frases, ardentes e incandescentes, a ponto de perderem as maiúsculas dos parágrafos e toda pontuação; e, ficaram no papel desordenadamente como o sangue que jorra de uma ferida imprevista; e voam ao vento como poesia.
É um texto que testemunha uma alma absolutamente cristã.
As duas últimas páginas parecem escritas de maneira mais apressada e desordenada; são, no entanto, as mais diretas e ricas de revelação interior. A data, colocada com a intenção de escrever a sua vida com lágrimas e sangue (ou seja, tecê-la, fazê-la, vivê-la: ele "escrevia" neste sentido), torna claro que se trata dos últimos anos de vida de Dom Orione.

 

 

 

 

 

 

 

 

PISMA KS. ORIONE

 


Ks. Orione poświęcał się z niezmordowaną gorliwością „apostolstwu pióra”. Oczywiście, nie czynił on tego jako pisarz, który chciałby zostawić swój ślad na polu literackim. Natomiast pragnął przekazać swoje ideały. Toteż mówi on „z obfitości serca”(Łk 6,45), z całą prostotą, w sposób płomienny, z pasją swego wielkiego serca, którego pismo jest tylko środkiem dla wyrażenia jego wzniosłych celów, a mianowicie: chwały Bożej, zbawienia dusz i rozwoju Kościoła.

To bowiem, co pragnie przekazać stanowi miłość jego serca. Stąd jest rzeczą logiczną, że kiedy Ks. Orione chwyta za pióro czyni to tak, jak kapłan, który bierze do ręki „środki apostolskie” swego świętego posłannictwa.

Zatem jego styl zależy od tego, w jakiej „sprawie” zabiera głos. Dlatego stronice pism Ks. Orione są bardzo różne. Mają zupełnie inne brzmienie, gdy podejmuje on tematy dotyczące obowiązków zakonników czy chrześcijan, które rzutują na ich wieczność i sąd Boży, natomiast są one inne, kiedy Ks. Orione traktuje o pobożności Maryjnej, pochylaniu się nad ubogimi lub przekazuje swoje wspomnienia osobiste o ojcu, mamie czy rodzinie.
Jego styl, zazwyczaj pragmatyczny i z ojcowskim autorytetem, przyjmuje często ton liryczny, w takich tekstach, jak: „Bóg i moje matka”, „Więcej wiary”!, „Pracować, szukając jedynie Boga”. Staje się on natomiast profetyczny i triumfalny w tekście: „Naprzód z Chrystusem”!, a prawie rewolucyjny w swej odezwie: „Robotnicy, nadeszła godzina”!, pełen harmonijnego brzmienia zaś, kiedy wyznaje: „Chcę umierać z otwartymi ramionami”, owszem, kwiecisty w ”Legendzie o Bracie Ave Maria”, a wprost mistyczny w „Widzieć Chrystusa i służyć Mu w człowieku”. W pismach Ks. Orione jest też wiele tematów społecznych, jak: „Kobieta, rodzina, społeczeństwo”, „Na czele czasów” czy „Ku nowej społeczności”.
Pozostaje jednak wspólny mianownik: Jego rozmiłowana, zawsze wielka, silna i ufna w Bogu, osobowość, bez względu na podejmowany temat; to jego nadprzyrodzone spojrzenie, które określa i towarzyszy jego słowu.
Wiemy, że Orione, już jako seminarzysta w Tortonie, deklarował swoją łączność z „romantykami”, będącymi w sposób bardziej realny bliżej odczuć ludu, owszem, konkretnego człowieka, a przede wszystkim spojrzeniu chrześcijańskiemu. Podziwiał również i „klasyków”, ale tylko w ich „formie”, nie podzielając ich „ducha” abstrakcyjnego i idealizującego, w odróżnieniu od prawie „realistycznego” romantyków. Czy Ks. Orione był pod wpływem pisarzy swojej epoki, a nawet poprzednich? Z pewnością nie przedstawia on tej oryginalności, która charakteryzowała wiele osób mistycznych, od św. Katarzyny Sieneńskiej, św. Teresy z Awila, aż do bardziej mu bliskich, jak Elżbieta od Trójcy św., Karol de Foucauld lub Rene Voillaume. Ks. Orione przejmuje raczej motywy, które znajdował u innych; niektóre jego wyrażenia brzmią prawie dosłownie, jakie się spotyka u Ludwika z Casorii, Wawrzyńca z Brindisi, Rosminiego lub św. Katarzyny Sieneńskiej, od której zaczerpnął wspaniałe słowa, dotyczące Papiestwa i Kościoła. Otóż, jeśli brak u niego oryginalności twórczej, to pozostaje oryginalność płomiennego uczucia i przekonania. Ks. Orione bowiem zanim jakąś myśl innych powtórzy, najpierw uczyni ją jakby swoją; toteż kiedy ją wypowiada staje się ona całkowicie jego osobistą, unikając nawet cienia jakiegoś plagiatu.

Życie Ks. Orione, jego charyzmat, jego pełne oddanie się Bogu i braciom, jego stała i całkowita ofiara, przebijają z jego pism i dają zbiorowi jego Listów pierwsze miejsce wśród listów ascetycznych ostatnich dwóch stuleci. Tylko Rosmini może stać obok niego. Wystarczy jedna, udokumentowana biografia Ks. Orione, aby zainteresować się jego życiem i jego pismami.

Jak więc w sposób syntetyczny można by określić Ks. Orione? Ernest Buonaiuto ujął syntetycznie sylwetkę Silone: „artysta dojrzały w cierpieniu i w nadziei”(„Il risveglio” 1945). Nie widzimy trudności w aplikacji takiego określenia, naturalnie w innych wymiarach ascetycznych, właśnie do Ks. Orione.

„Myślę jak poeta” - wyznawał o sobie Dostojewski; Ks. Orione powiedziałby: „Myślę jak chrześcijanin, ale dodając do tego określenia cały rozmiar i całą głębokość, z jaką przeżywał swoje życie. Chrześcijanin, człowiek Kościoła, apostoł, aż do szpiku duszy!

(Ks. Ignacy Terzi)