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Messaggi Don Orione
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Nella foto: Religiosos em Goias: Antonio Dalmasso, Andrea Alice, Giuseppe Zambarbieri, Cornelio Chizzini, Giovanni Grossoholz, Valdastico Pattarello, Cesare Lelli, Giuliano Moretti.
Autore: A. S. Bogaz

A Congregação hoje è muito desenvolvida no Brasil. Os primeiros missionarios orionitas chegaron ao inicio do janeiro de 1914. Dom Orione mesmo visitou varias veces o Brasil, em 1921-1922 e em 1934-1937.

Se você, querido leitor, está pensando que o tempo não passou, desperte imediatamente. Passaram-se cem anos desde que os filhos de São Luís Orione tocaram as terras brasileiras. Mais ainda, eram as primeiras expedições missioná­rias do grande santo da caridade que sentiu, desde menino, a necessidade de servir a Igreja, seus pobres e suas gentes distantes. O ardor missionário de nosso santo fundador abrasou o coração de seus filhos e filhas que, muito cedo, partiram para terras longínquas para anunciar o Evangelho.

É preciso voltar no tempo para considerar que partir em missão “ad gentes” era um ato de coragem. Atravessar milhas de oceanos exigia dias e meses de viagem; viver num mundo pouco conhecido, com hábitos diferentes era um gesto grandioso de fé. Muito mais, anunciar Jesus Cristo era uma chama vital que alimentava o crescimento da Igreja. Neste espírito, vieram nossos primeiros padres, religiosos e freiras. Muitos tocaram estas terras e jamais volta­ram à sua terra natal, aos seus lares. Esta história de heroísmo, humildade e amor merece ser inscrita em nossos corações.

 

A PRIMEIRA INSPIRAÇÃO

Neste exercício da memória busquemos no Santo dos pobres, São Luís Orione, a força inspiradora das missões. Suas palavras são um programa de vida: “Trabalhar na instrução e na educação dos menores mais necessitados, ser padres no meio do povo mais pobre.”

Madre Michel é o primeiro nome a ser citado. Suas religiosas vieram para o Brasil em 1900, ani­madas pelo neo-sacerdote Pe. Luís Orione. Ele quer enviar seus missionários. A insistência desta Funda­dora é muito grande.

Os filhos dos imigrantes italianos e suas famí­lias necessitam urgente da Palavra de Deus, dos sacramentos e do apoio social e moral para suas famílias. A situação das famílias sem moradia, sem cuidados de saúde e expostas a doenças como tifo, malária e febre amarela criou um verdadeiro drama. Os missionários precisavam socorrer e evangelizar a grande quantidade de imigrantes. Naqueles anos - entre 1870 e 1920 - vieram mais de três milhões de imigrantes europeus, dentre estes muitos italianos.

Padre Vitório Gatti esteve no Brasil e sondou o ambiente nas terras paulistanas. O terreno esta­va sendo preparado. Em 1915, consultou o Conde Azevedo para abrir uma obra missionária e caritati­va na região do Ipiranga.

Não era ainda o momento, mas a semente esta­va sendo preparada para a sementeira missionária orionita ser plantada em terras brasileiras.

 

O PRIMEIRO CANTEIRO ORIONITA NO BRASIL

Pe. Francisco dei Gáudio, pároco de Mar de Espanha, insiste com Mons. Capra, o assistente es­piritual das Religiosas da Madre Michel, para que Padre Luís Orione envie seus religiosos para Mar de Espanha. Além disso, Dom Silvério Pimenta insiste pessoalmente junto a Dom Bandi, bispo de Tortona e protetor da família orionita, para que permita o empreendimento missionário.

Estamos para iniciar a tão esperada missão. São três os grandes missionários: um padre, Carlos Dondero, um religioso - Ir. Carlos Ger­mano e um leigo - Sr. Júlio. Deixam Gênova, o grande porto italiano em 1913, no final do ano. Chegam a Mar de Espanha em meados de janeiro de 1914. Assumem o INSTITUTO BA­RÃO DE SÃO GERALDO, com o compromis­so de abrir uma escola primária e secundária, assim como uma Colônia Agrícola. Os Filhos espirituais de Dom Orione vieram para servir. Inspirados nos ideais de Dom Silvério Pimen­ta, acolhem os filhos dos escravos, que foram enxotados das grandes fazendas e despejados cruelmente nas periferias das metrópoles.

Dom Orione ouvia silenciosamente a voz dos indígenas, que clamavam por sobrevivên­cia. Seu sonho de abrir uma frente missionária em Campo Grande não se realizou e foi curta a permanência dos orionitas em terras capixabas. Mas este sonho se concretizou, quando muitos orionitas - padres e irmãs - assumiram diversas atividades (paróquias, orfanatos e escolas paro­quiais) no Tocantis, terra de grande pobreza no Brasil Central.

No Rio de Janeiro, os orionitas assumiram a Casa da Preservação (1921), dedicada às po­pulações afro-descendentes. Por vários anos, se dedicaram, como pais amorosos, a centenas de crianças. Igualmente realizou-se a missão em Niterói. Pe. Angelo de Paoli, Pe. Francisco Casa e Pe. Ballino se dedicam a essa missão.

A família orionita aos poucos vai desbra­vando novas frentes missionárias.

 

PADRE LUÍS ORIONE NO BRASIL

Quando chegou ao Brasil, sua primeira vi­sita foi no Rio de Janeiro. Em agosto de 1921, encontra-se com o Cardeal Arcoverde e Dom Leme, bispo auxiliar. Sua missão é Mar de Espa­nha, onde visita seus filhos em missão. Em 1922, visita igualmente Dom Silvério, em Queluz, atual Conselheiro Lafaiete (MG), o qual lhe solicita a formação de uma Congregação para religiosos e padres oriundos da África. Tendo ficado apro­ximadamente três meses no Brasil, envolveu-se com a realidade local, percebendo a necessidade de enviar missionários.

No Natal de 1921, Padre Luís Orione,apesar de enfermo, celebra com a comunidade e fica impressionado com o ardor dos fiéis, bem como com a probreza daquela gente. Seus cuidados mé­dicos e fraternos foram feitos por Padre Camilo Secco, da comunidade missionária local.

Na sua volta para a Itália, Dom Orione pas­sa por São Paulo. Visitou o Cardeal Dom Duar­te, algumas localidades no Ipiranga e manteve contatos com os Padres Carlistas e as Irmãs de Madre Michel. No período, vai ser iniciada a sua obra no Bairro do Bixiga (1921), onde hoje está a Paróquia Nossa Senhora Achiropita. A Paróquia foi entregue aos orionitas em 1925 . Em 1924, iniciou a missão na Gávea, com curso profissio­nalizante e internato para os filhos de italianos, portugueses e escravos.

Em 1927, pelas mãos da Divina Providência, os missionários deixam Mar de Espanha e se es­palham em outras localidades, sobretudo em São Paulo e no Rio de Janeiro. É o início de um novo tempo.

São Luís Orione voltou ao Brasil, ainda uma vez, em 1937, quando regressava de sua perma­nência na Argentina, onde ficara por três anos. Nesta ocasião, esteve no Rio de Janeiro e em São Paulo.

 

UM SANTO DEU O AR DE SUA GRAÇA NA ACHIROPITA

Celebrando o centenário, devemos sublinhar que São Luís Orione esteve entre nós e rezou em nosso templo. Existe um cantinho abençoado na Igreja Achiropita no qual o sacerdote se ajoelhou e rezou ardorosamente por nossa comunidade.

Este lugar é tão importante que erigimos um pe­queno altar. Tem a simplicidade e a mística de nosso Santo.

Vamos recordar este capitulo importante no centenário missionário orionita.

Em 1921, quando esteve no Brasil por aproxi­madamente 3 meses, o padre Luís Orione esteve particularmente no Rio de Janeiro, onde desem­barcou e permaneceu em Mar de Espanha onde estavam seus missionários, dedicando suas vidas numa Escola, dentro de uma Colônia Agrícola. Antes de voltar para a Itália, esteve na cidade de São Paulo. Nesta cidade, teve contatos impor­tantes, especialmente com os Padres Carlistas, que acolhiam os órfãos na região do Ipiranga, no Orfanato Cristóvão Colombo. A presença dos Padres do Monsenhor Scalabrini (Missionários de São Carlos) junto aos imigrantes italianos ins­pirava o Santo de Pontecurone. O contato com o Conde Azevedo, - que tinha grande interesse em socorrer as crianças pobres da cidade que cres­cia vertiginosamente naquele período de indus­trialização - também ia ao encontro dos sonhos de caridade de Orione. Notava-se a urgência de socorrer os filhos órfãos de imigrantes dizimados pela febre tifoide, malária e doenças tropicais, mas igualmente os filhos de escravos encarce­rados nas periferias da cidade que engrossava assustadoramente.

Dom Duarte, então cardeal de São Paulo, so­licita que a presença orionita se faça distante das regiões do Ipiranga, Mooca, Glicério, Cambuci e Brás, pois já existem muitas congregações reli­giosas, entre elas as Filhas de Madre Michel.

Foi entregue aos orionitas, então, os cuidados de uma pequena capelinha na Chácara do Bexiga. Segundo a tradição era um pequeno proprietário que possuía terrenos perto do Riacho do Saracura, hoje sob a pavimentação da Avenida 9 de julho.

Nesta região do Bexiga, atual Bela Vista, os missionários de São Luís Orione asusmiram a Capela de São José, que depois tomou-se a Paró­quia Nossa Senhora Achiropita.

Na década de 30, precisamente no ano de 1937, quando o Padre Luís Orione passa pela ci­dade, na sua volta da Argentina para a Itália, ele visita a nova Igreja.

Era o templo definitivo, que substituirá duas capelas anteriores demolidas na ocasião. Como os imigrantes vieram de Rossano Cálabro, sul da Itá­lia, implanta-se a devoção a Nossa Senhora Achi­ropita, padroeira daquela cidade. Assim, a Igreja é erigida no estilo bizantino, devido a influência da Igreja ortodoxa naquela região italiana. Hoje está entre uma das igrejas mais formosas da ar­quitetura religiosa paulistana.

Essa igreja acolheu o ar da graça e a graça da prece de nosso amado São Luís Orione

 

CENTENÁRIO E TANTOS FILHOS

Os orionitas marcaram esta história profun­damente. O primeiro pároco foi o Padre Carlos Alferrano, que trabalhou nestes lugares por vá­rios anos. Depois dele, vieram tantos padres que fizeram a história desta paróquia, com sua evan- gelização, suas festanças e sua caridade.

Os filhos de São Luís Orione - padres, ir­mãos, freiras e leigos - se espalharam pelo Bra­sil, em tantos estados e muitas cidades, levando ao povo sua devoção e seu carisma.

Os orionitas, que chegaram no Brasil em 1913, estão celebrando seu centenário. São cem anos de evangelização dos mais pobres, de aco­lhida dos povos afros, indígenas e nordestinos.

São cem anos de caridade aos pobres, aos órfãos, aos idosos e deficientes.

São cem anos de missão, de paróquias, de escolas e de serviço ao povo de Deus. Um cente­nário de fé e evangelização.

Celebremos com louvações estes anos mara­vilhosos e que venham novos tempos, para que a família orionita possa celebrar tantos outros cen­tenários. O Reino de Deus é infinito.

Depois de sua morte, concretizou-se sua pro­fecia, proferida do alto do Corcovado: “o que não fiz pelo Brasil na terra, farei do paraíso”.

Seus padres e religiosas assumiram casas no sul do Brasil, sobretudo entre os italianos de San­ta Catarina e Paraná, no interior de São Paulo e Minas, particularmente entre caipiras e negros e entre os cablocos no Goiás. Sua missão tomou-se um grande canteiro de preciosas obras de carida­de, de educação e de evangelização.

Finalmente, cem anos que parecem um ins­tante, tão depressa passaram. Um centenário que parece uma eternidade, tantas maravilhas foram realizadas!

Pe. Antônio S. Bogaz, orionita GEO - Grupo de Estudos Orionita

 

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